Em Boston, duas empresas que desenvolveram moradias económicas com recurso a madeira lamelada cruzada esperam que estas possam ser replicadas noutros locais.
Projetos sustentáveis em madeira, começam a aparecer em projetos de construção em larga escala em Nova Inglaterra, à medida que arquitetos, engenheiros e empresas procuram formas de reduzir a substancial pegada de carbono da indústria da construção.
A madeira lamelada cruzada, ou CLT, e outros produtos de madeira são vistos como mais sustentáveis que o betão e o aço, principalmente porque as emissões de carbono da produção dos materiais de estrutura de madeira são muito menores.
Desde que, há três anos, a Universidade de Massachusetts incorporou a construção CLT com efeitos impressionantes no design dos seus edifício, que este material apareceu em vários outros grandes projetos, incluindo uma nova residência em Rhode Island School of Design, em Providence, e um prédio de escritórios em construção em Newington, New Hampshire.
“Boston tem uma comunidade de projeto, engenharia, construção e desenvolvimento muito progressiva, e o carbono é o novo foco”, disse John Klein, diretor executivo da Generate Architecture + Technologies, uma startup focada em soluções de construção de madeira maciça com sede em Massachusetts.
O CLT é um recurso renovável, desde que a madeira usada para fabricar os produtos provenha de uma forma sustentável, conforme verificado pela certificação de terceiros, disse ele. E o processo de produção é muito menos intensivo em carbono comparado com o betão ou aço. (Apenas o setor de betão é o segundo maior emissor industrial de CO2 do mundo, de acordo com a Agência Internacional de Energia.)
O CLT geralmente é exposto nos interiores dos edifícios, pois a madeira é esteticamente agradável. E isso contribui para a sustentabilidade de um edifício, porque a construção requer menos recursos – “não são necessários materiais adicionais para cobrir a estrutura”.
E, finalmente, como os produtos são pré-fabricados, o processo de montagem do edifício é mais rápido, silencioso e resulta em menos desperdício de construção.
Fonte: Energy News