O Centro Cultural Sara é um inovador arranha-céus de madeira situado no Município de Skellefteå, no norte da Suécia, e foi construído para deixar uma pegada verde na indústria da construção e ajudar a cidade a enfrentar a crise ambiental com novas construções sustentáveis.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a indústria da construção tem uma grande cota parte de responsabilidade nas emissões globais de carbono relacionadas com a energia. Sendo que a produção de cimento é o maior emissor industrial de CO2 do mundo e, por outro lado, a madeira capta o dióxido de carbono, ligando-o à atmosfera e armazenando-o.
Assim, o projeto deste centro cultural vem complementar o esforço de Skelleftea para tornar a construção local livre de materiais nocivos para o meio ambiente. A sua construção foi feita com módulos 3D pré-fabricados de painéis de madeira lamelada cruzada, proveniente de florestas sustentáveis localizadas a cerca de 60km da cidade. Na projeção do edifício todas as emissões de carbono foram estudadas, desde os materiais utilizados em a cada divisão, à energia utilizada e ao próprio transporte dos materiais.
Estima-se que foram emitidas 5631 toneladas de dióxido de carbono equivalente em toda a construção. No entanto, a energia renovável produzida pelos seus 374 painéis solares fotovoltaicos e a captura de carbono do edifício vão compensar mais do dobro destas emissões. Sim, porque o objetivo sustentável deste inovador e sustentável arranha-céus vai mais além: comporta painéis solares que o conseguem alimentar totalmente e armazenar o excesso de energia na cave.
Com 20 andares, 75 metros de altura e 27.867 metros quadrados, a segunda maior estrutura de madeira do mundo é composta por seis palcos de teatro, uma biblioteca, duas galerias de arte, um centro de conferências e um hotel com 205 quartos. Prevê-se que tenha uma vida útil de 100 anos e que consiga capturar 9 milhões de kg de emissões de CO2 durante esse período.
Fonte: Euronews